sábado, 21 de julho de 2012

Interpretação

O índio, por sua vez,
do mundo da sua taba,
vê um mundo tão pequeno
em que todo o mundo fala
a língua que ele fala.

E nós, letrados e cultos,
chegamos ao mesmo ponto:
queremos fazer de Deus,
como se fosse só nosso,
que pensa como pensamos
e age como nós agimos. 

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Fazer o bem

Os muitos fios de algodão
compõem a vida do pano.
As muitas ações da vida
- a vida do oceano.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Vivência

Dissidência e desavença
- eis uma dupla cegueira.
Quem nessa trilha persiste,
se chamusca na fogueira.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Palavra

Palavra - doce perfume
que enebria o ambiente,
ou pode ser mau odor
que espanta toda a gente.

Vivência

Desavenças não se fazem
de camelos e elefantes
Mosquitinhos acumulados
fazem montanhas gigantes. 

terça-feira, 17 de julho de 2012

Palavra

A palavra é meigo afeto
que tem sabor de doçura,
ou pode ser inclemência
contendo fel e amargura. 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

12 Minutos por cigarro


CIGARRO - GRANDE ASSASSINO,

QUE DESTRÓI DA VIDA A SORTE

QUEM DELE SE TORNA ESCRAVO,

SE ESCRAVIZA ATÉ A MORTE



O CIGARRO É QUAL VENENO

QUE SÓ  MATA  DE MANSINHO,

ELE NÃO MATA DE VEZ,

MAS MATA DEVAGARINHO.

Divórcio

O divórcio fere a alma.
É morte para as finanças.
Castiga quem não merece
- martírio para as crianças.

domingo, 15 de julho de 2012

O homem pregava no deserto


       Desde menino ele despertou a atenção de sua cidade e vizinhança pela singularidade de seu nascimento. Seus pais já eram avançados em idade, por isso não esperavam mais o nascimento de um filho.

        O aparecimento de João Batista veio como produto de uma profecia angelical, sendo revestido de aspecto sobrenatural e milagroso. Eis porque a notícia de sua vinda ao mundo correu célere por todas as montanhas da Judéia.

        O menino crescia e se desenvolvia. Seus pais, Zacarias e Isabel, estavam sempre na expectativa do cumprimento de uma previsão que sobre ele havia sido feita pelo anjo: “Será grande diante do Senhor. Será cheio do Espírito Santo”.

        O menino tornou-se homem. Agora já era conhecido como João Batista, o pregador. Mas por estranho que pareça, ao invés de procurar os grandes centros do seu tempo - Roma, Corinto, Damasco, Jerusalém, Alexandria - ele foi pregar no deserto da Judéia.

        Ali, em plena floresta, às margens do rio Jordão, iniciou o seu ministério de porta-voz de Deus. Sua pregação era baseada no ensino do profeta Isaías de cuja mensagem se dizia ser fiel cumprimento. Eis porque repetia o singular mensageiro: “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai as suas veredas. Todo o vale se encherá, e se abaixará todo o monte e oiteiro; e o que é tortuoso se endireitará. E os caminhos escabrosos se aplainarão. E toda a carne verá a salvação de Deus”.

        E depois de citar o profeta Isaías, proclamava em alta voz a sua própria mensagem, que preconizava na fé em Deus, frutos de arrependimento e volta ao Messias Divino, que havia de vir.

        O povo, na sua ânsia incontida pelo conhecimento da verdade eterna, dirigia-se em grandes multidões ao deserto para ouvir a palavra do pregador. Ao anunciar a mensagem divina, ele concitava as multidões a uma vida nova de santidade e pureza e à esperança no Redentor prometido.

        Aqueles que ouvindo a sua mensagem sentiam o peso dos seus pecados e deles se arrependiam, confessando-os publicamente, João os batizava no rio Jordão, como símbolo da nova relação com Deus.

        Não demorou muito e sua fama se espalhou por toda a Palestina.

        Tendo em vista o alcance enorme de sua popularidade, muitas pessoas pensaram que fosse o próprio João Batista, o Messias prometido, o Cristo que havia de vir para a redenção dos homens.

        Nesse momento é que sublima a grandeza de alma e sinceridade do pregador. Ele mesmo se encarrega de desfazer essa falsa versão, sustentando que ele mesmo não era o Cristo. O Salvador do mundo em breve havia de aparecer. Este haveria de cumprir um ministério completo de redenção para o mundo. Estimulava a todos que cressem nele e o recebessem como Senhor e Salvador.

 (do livro O caminho da vida)