sábado, 16 de junho de 2012

Barraco

No morro mais adiante,
barraco sobre barraco,
tudo serve pra cobrir,
até caixote e cavaco.

Naquela verde montanha,
favela a crescer, subir.
Vale ter olhos pra ver
e alma para sentir. 

sexta-feira, 15 de junho de 2012

CRISTO - NOSSO SUBSTITUTO

      Foi no tempo do Império Romano.  Um jovem foi processado e condenado sob a acusação de lesa-pátria. O juiz acabara de pronunciar a sentença de morte e os executores preparavam-se para dar cumprimento a determinação superior.
      Achava-se na sala do tribunal um irmão mais velho do réu, o qual, em muitas e penosas batalhas havia servido sua pátria em países longínquos. Nas grandes lutas o bravo moço havia perdido ambos os braços, intercedeu eloquentemente a favor do réu.  Em sua intercessão não procurou diminuir ou atenuar a enormidade do crime do seu irmão, mas apresentou seus próprios braços mutilados como o merecimento que o credenciava a fazer aquele pedido.
     Confessou fracamente que seu irmão era um indigno, que era traidor e merecia morrer, mas em nome do que ele próprio havia feito pela pátria, implorava que se poupasse a sua vida.
      Atentando para o sacrifício feito por aquele jovem, e ouvindo a sua palavra, o juiz se deu por satisfeito e, em atenção a tão altos e sublimes feitos, concedeu pleno perdão ao réu que já havia sido condenado
         Esta é a credencial que Jesus apresenta para a redenção do homem perdido e condenado.  Ele mesmo morreu por nós.  Esta é a prova da sua misericórdia e bondade.  A salvação e felicidade eterna do homem pecador dependem do sacrifício expiatório realizado pelo Filho de Deus.
       Estava determinado desde tempo remotíssimos que assim devia ser.  A morte do Messias Divino devia ser o fator da nossa redenção. Eis porque escreveu muito antes da sua vinda o profeta Isaías: "Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.  Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades;  o castigo que nos traz a paz estava sobre ele e pelas suas pisaduras fomos sarados" (53:4)
        Pode alguém objetar como injusta a atitude de Deus em permitir que seu Filho tomasse o nosso lugar.  A resposta é que ele o fez voluntariamente.  Vindo ao mundo, para a morte na cruz, marchou resolutamente, na plena consciência do sacrifício que havia de experimentar e da árdua missão para a qual estava cometido a desempenhar, embora houvesse todas as possibilidades de dela fugir.
          Outra objeção seria que um homem sozinho não poderia levar as transgressões de número sem conta de pecadores.  A isso considere-se que a ação substitutiva de Cristo não foi apenas de um homem como indivíduo.  Ele, sendo Deus e homem ao mesmo tempo, não agiu apenas como uma pessoa.  Nele estava a raça humana, visto que "todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez"(João 1:3).  Como nele estava a humanidade na criação, estava também na possibilidade de tornar-se o seu substituto, conforme a sua vontade.

(publicado no folheto dominical da Primeira Igreja Batista de Mairiporã, SP)


quinta-feira, 14 de junho de 2012

Rio + 20

Pra toda vil condição
há sempre boa desculpa,
assim foi nosso passado:
traz escravo, vende escravo.
Gente vendida na feira,
no balcão da iniquidade
como fruta no mercado.

Os séculos viram, pasmados,
essa vil anomalia:
na força da impiedade
esmaga-se o ser humano.
Tire-se o horror desse tempo,
seja de vez sepultado. 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

RIO + 20

Quem mais degrada o planeta
é, sem dúvida, o fator gente.
Tire a favela da vida
em favor do ambiente.

Favela não só degrada:
é um mundo degradado.
Passou perto da favela,
sofre assalto organizado.

Dentre tudo o que degrada,
é a favela gritante.
Pense nisso a Rio + 20,
nesse fator degradante.

É a favela vivência
da qual ninguém se ufana
- assunto pra Rio + 20,
tal condição desumana.

Hoje, na vida presente,
a vontade me revela:
no ano 2020
Lá da eterna morada
ver o Brasil sem favela.



Um homem lutou com Deus


            Por estranho que pareça, encontramos na Bíblia esta declaração: “Como príncipe, lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste” (Gênesis 32: 28). A referência é ao patriarca Jacó, depois de intensa luta para receber de Deus uma bênção em momento de perigo.

            Jacó, depois de longos anos, ia encontrar-se de novo com o seu irmão Esaú, a quem ele muito temia pelos males que lhe havia causado. Agora estava dominado pelo pavor e remorso. Sabia que o irmão vinha ao seu encontro com quatrocentos homens. O temor o dominava. Presumia que seu irmão ainda estivesse possuído de ódio, como estava quando foi por ele prejudicado em seus interesses.

            Temendo assim Jacó a morte, bem como a de toda a sua família, enviou ao mano desafeto, para aplacar a sua ira, um generoso presente de cabras, ovelhas, vacas, camelos e jumentos, num total de 580 semoventes. Mas, não confiando apenas em suas gestões diplomáticas, tratou de buscar também a proteção de Deus. Ficou, portanto, sozinho no vale de Jaboque e orou durante toda a noite.

            É aí que se dá o seu encontro com o Anjo do Senhor. Trava-se uma batalha. Jacó implora do Senhor uma bênção, a fim de que, tranquilo, pudesse prosseguir em sua jornada. Pede, suplica, roga e chega mesmo a angustiar-se em sua profunda oração.

            O Anjo do Senhor tenta deixá-lo, mas o patriarca a ele se apega, num esforço desesperado, até que de Deus recebe a bênção desejada. É nesse momento que o nome de Jacó é mudado para Israel, porque, diz o texto sagrado, o servo do Senhor lutou com Deus e foi vitorioso.

            Entendem os estudiosos da Bíblia que naquele Anjo de Deus estava Jesus Cristo em sua preencarnação. É uma das vezes em que o Filho de Deus aparece no Velho Testamento. E aquele foi também um momento decisivo na vida do patriarca Jacó, quando se consolidou a sua confiança em Deus.

            Isso foi marcante em sua vida porque ele, num momento de grande angústia, não confiou apenas nos seus expedientes, mas buscou, como recurso final, a força de Deus e sua proteção. Exemplos semelhantes encontramos em todas as Escrituras e na experiência humana. Confirma-se, deste modo, a afirmação do Livro Santo: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na tribulação” (Salmo 46:1).

            Vale a pena ler-se na Bíblia a grande vitória alcançada por Jacó, fruto de sua confiança em Deus e os grandes favores que recebeu dos céus na continuação de sua jornada. Deus o conduziu à presença do seu irmão que antes, cheio de ódio, prometera vingança de morte. O encontro foi feliz e pacífico, e aqueles dois irmãos desafetos passaram a viver de novo em perfeita harmonia.

            O Deus de Jacó é o mesmo Deus do presente. O Deus de Jacó é o nosso refúgio.

 (do livro O caminho da vida)

terça-feira, 12 de junho de 2012

Reserva ecológica

Linda reserva ecológica
em favela transformada,
não mais as flores do campo,
mas só gente acumulada.

Dia dos Namorados - Amor apressado

Quando os valores sublimes
São vividos dia-a-dia,
A vida vai sempre calma,
Em perenal harmonia.

Mas ante o amor apressado,
Toda a estrutura se abala,
Planos e ideais frustrados,
Faculdade - nem se fala.

Medicina ou magistério,
Nesse contexto sonhado,
Na turbulência vivida,
Pode não ser alcançado.

O amor em tempo certo
É qual perfume de flor.
Fora de tempo, no entando,
Perde o sentido do amor.

Não quebre o botão de rosa
Antes que ele seja flor.
Não traga ao mundo um rebendo
Para ser um sofredor.

Criança sem pai ou mãe
Pode virar cão sem dono,
E alma infantil amarga
Por desprezo e abandono

Não seja a menina-moça
Mamãezinha sem marido,
Nem o jovem pai precoce
Em um mundo já sofrido. 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

UM POEMA NA BÍBLIA



        Há nas Escrituras Sagradas um poema de rara beleza. É o salmo de número 119. É uma grande proclamação do valor incomparável da Palavra de Deus. Existe nele, a par da sublimidade de estilo, uma simetria perfeita. O salmo é composto em forma de acróstico, com todas as letras do alfabeto hebraico. Contém 22 estrofes, cada qual encabeçada por uma das letras daquele alfabeto antigo. Cada estrofe contém oito versos, e cada um desses versos começa, no original, com a letra que lhe serve de título. Cada versículo, em português, faz referência à Lei de Deus, apresentando um vocabulário variado.

        É notável o fato de se usarem tantas palavras como sinônimo de lei. Há diversos termos que se revezam, dando ao salmo uma beleza singular. São eles: lei, palavra, dito, mandamento, estatutos, ordenanças, preceitos, testemunho, juízo, caminho e promessa.

        Cada versículo do salmo apresenta, de modo eloquente, os efeitos preciosos das Escrituras na formação espiritual dos homens. O salmista considera a mensagem divina “luz para o seu caminho”. A certa altura do grande poema faz ele essa indagação: “Como purificará o jovem o seu caminho?” E ele mesmo responde: “Observando-o de acordo com a tua palavra”.

        Esta é, sem dúvida, uma necessidade em nosso tempo. A corrupção no presente se desenvolve na proporção da ausência de Deus no coração dos homens e desprezo pela sua Palavra. Há, entretanto, um recurso que, embora tardio, será a tábua de salvação para a criatura humana: retorno a Deus, conforme a instrução do seu livro.

        A Bíblia sempre foi uma luz dissipadora das trevas. Basta que alguém examine com atenção o Livro Divino, e terá um clarão luminoso para a sua vida no tempo e na eternidade. A Palavra de Deus revela o estado espiritual do homem sem Deus, e mostra, ao mesmo tempo, o recurso para a sua restauração. Este é o livro-poema que ameniza a sequidão do deserto em que vivemos e aponta o caminho da eternidade feliz.

(do livro O caminho da vida)

domingo, 10 de junho de 2012

Dia do Pastor


Mensagem de Atos 20: 24
"Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus."

Defesa do meio ambiente

Favela e meio ambiente
é total contradição.
O meio ambiente é vida
- favela degradação.

Mensagem da cruz

Dois alvos em nossa vida:
Primeiro é Deus soberano
e tudo o mais se completa
no trato com o ser humano.