Há uma lenda, segundo a qual um velho cacique, sentido que a morte se aproxima, escolheu três rapazes dos mais fortes e inteligentes da sua tribo e disse-lhes que saíssem a andar pelos campos, florestas e montanhas. Deu-lhes o cacique uma incumbência. Cada um devia trazer, depois de certo prazo, o objeto mais bonito que encontrasse. Os moços partiram. Findo o prazo, vieram e se apresentaram ao chefe. O primeiro trouxe, como resultado de sua diligência, uma linda pedra. Foi a coisa mais bela e interessante que encontrou em seu peregrinar. O segundo entregou nas mãos do seu superior uma delicada flor. Finalmente, chegou o terceiro, com semblante muito alegre, e declarou que muito havia andado, atravessou campos e montanhas e, finalmente, chegou à beira do mar. Enquanto contemplava a beleza do oceano, findou o prazo. Mas, acrescentou o silvícola: - Eu vi o mar. Como é lindo o mar! Pensei no Criador do mar.
Antes que o índio acabasse de falar, o chefe exclamou com entusiasmo:
- Tu serás o meu sucessor porque tiveste uma visão.
A preciosa lição que aprendemos nessa lenda é que todo homem precisa ter uma visão, não apenas do mar, das florestas, das montanhas e flores, mas também do infinito. Precisa ver além do visível.
O homem precisa ver o que está além do horizonte estreito deste mundo. Esta contemplação é feita não com os olhos do corpo mas com o aparelho da percepção espiritual concedida por Deus. A mensagem do Evangelho é recebida pela visão da fé. A eficácia do ministério e sacrifício de Jesus Cristo é entendida não à luz de uma concepção racionalista, mas por uma intuição divina.
Vale a pena alimentarmos a fé no Deus eterno e infinito e vivermos não só o presente, mas também para a eternidade.
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