Certa
feita um homem que professava o ateísmo achou por bem criar seu filho em
ambiente onde não se falasse em religião, não se adorasse a Deus e nada se
cogitasse sobre o assunto. Levou então o menor para uma ilha deserta e começou
a instruí-lo em sua escola de ateísmo. O menino foi crescendo naquele ambiente
em que Deus era de todo desconhecido.
Uma tardinha, ante um lindo pôr-de-sol, o ateu foi encontrar o seu filho
completamente absorto na contemplação da cena que se vislumbrava, ao
esconder-se o sol entre as nuvens. Sem ver o pai, o menino lançava um beijo ao
astro-rei, dizendo:
- Sol, leva este beijo para quem te criou.
Este fato bem revela a inclinação humana para a adoração. Este sentimento é
inato e nos foi outorgado por Deus para que não nos confundamos com os brutos.
Um dos maiores erros do homem é apegar-se de tal maneira aos interesses
rasteiros das coisas materiais que venha a esquecer-se do seu Deus, deixando de
prestar-lhe o devido reconhecimento. No mundo globalizado de hoje prolifera a
idéia do consumismo no qual fica minimizada a solidariedade e crescem a solidão
e a violência num processo acelerado de desmoronamento do ser humano. O
homem só é feliz quando descobre que não é só corpo, mas nele habita um
espírito que busca o encontro com o seu Criador. O homem tem sede de
Deus.
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