quinta-feira, 5 de abril de 2012

O homem tem sede de Deus


           Certa feita um homem que professava o ateísmo achou por bem criar seu filho em ambiente onde não se falasse em religião, não se adorasse a Deus e nada se cogitasse sobre o assunto. Levou então o menor para uma ilha deserta e começou a instruí-lo em sua escola de ateísmo. O menino foi crescendo naquele ambiente em que Deus era de todo desconhecido.
            Uma tardinha, ante um lindo pôr-de-sol, o ateu foi encontrar o seu filho completamente absorto na contemplação da cena que se vislumbrava, ao esconder-se o sol entre as nuvens. Sem ver o pai, o menino lançava um beijo ao astro-rei, dizendo:
            - Sol, leva este beijo para quem te criou.
            Este fato bem revela a inclinação humana para a adoração. Este sentimento é inato e nos foi outorgado por Deus para que não nos confundamos com os brutos. Um dos maiores erros do homem é apegar-se de tal maneira aos interesses rasteiros das coisas materiais que venha a esquecer-se do seu Deus, deixando de prestar-lhe o devido reconhecimento. No mundo globalizado de hoje prolifera a idéia do consumismo no qual fica minimizada a solidariedade e crescem a solidão e a violência num processo acelerado de desmoronamento do ser humano.  O homem só é feliz quando descobre que não é só corpo, mas nele habita um espírito que busca o encontro com o seu Criador. O homem tem sede de Deus.  

(trecho do meu livro O caminho da vida e também trecho de artigo publicado no Jornal de Mairiporã em 20 fev 2006)

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