Certa feita um homem que
professava o ateísmo achou por bem criar seu filho em ambiente onde não se
falasse em religião, não se adorasse a Deus e nada se cogitasse sobre o
assunto. Levou então o menor para uma ilha deserta e começou a instruí-lo em
sua escola de ateísmo. O menino foi crescendo naquele ambiente em que Deus era
de todo desconhecido.
Uma
tardinha, ante um lindo pôr-de-sol, o ateu foi encontrar o seu filho
completamente absorto na contemplação da cena que se vislumbrava, ao
esconder-se o sol entre as nuvens. Sem ver o pai, o menino lançava um beijo ao
astro-rei, dizendo:
-
Sol, leva este beijo para quem te criou.
Este fato bem revela a inclinação
humana para a adoração. Este sentimento é inato e nos foi outorgado por Deus
para que não nos confundamos com os brutos. Um dos maiores erros do homem é
apegar-se de tal maneira aos interesses rasteiros das coisas materiais que
venha a esquecer-se do seu Deus, deixando de prestar-lhe o devido reconhecimento.
No mundo globalizado de hoje prolifera a idéia do consumismo no qual fica
minimizada a solidariedade e crescem a solidão e a violência num processo
acelerado de desmoronamento do ser humano.
O homem só é feliz quando descobre que não é só corpo, mas nele habita
um espírito que busca o encontro com o seu Criador. O homem tem sede de
Deus.
(trecho
do meu livro O caminho da vida e também trecho de artigo publicado no Jornal de
Mairiporã em 20 fev 2006)
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