Ao
fazer indagações sobre as origens e destino do homem e do universo, Sócrates, o
maior sábio da Grécia antiga, dizia: “Eu corro atrás da verdade como um
sabujo”. Sabujo é cão altamente farejador.
Com efeito, as grandes pesquisas de
laboratório, as excursões científicas, as arrojadas aventuras para o fundo dos
mares e o espaço sideral, o enorme esforço do homem em sua ânsia de conquistar
o universo, tudo isto não visa outra coisa senão ao empenho incontido de pôr o
gênero humano em contato com a verdade. Queremos a verdade sobre o que se
encontra no fundo dos mares e no espaço sideral.
Jamais, porém, chega o homem ao
conhecimento da verdade em sua plenitude. Quanto mais conhecimento alcança,
mais fica sabendo sobre a grandeza e infinitude do universo e compenetrando-se
de que ele é apenas um pequenino grão de areia em face da sua magnitude.
Entretanto, Cristo, satisfazendo a
esta incontida aspiração humana, apresenta-se como a verdade no sentido mais
perfeito e elevado. É ele a verdade, porque sintetizou em seu próprio ser tudo
o que sobre a sua pessoa divina disseram, nas Escrituras, os profetas da
antigüidade. Cristo é, em si mesmo, uma síntese da história, revelando, em sua
plenitude, toda a ciência de Deus, como diz Paulo, “oculta em mistério”. É o
Messias Divino, para o homem, a revelação de todo o segredo de Deus.
Não é que o homem com Cristo esteja
em condições de desvendar os mistérios do universo físico. Isto seria muito
pouco e de proveito quase nulo. Afinal de contas que proveito traria ao pobre
mortal o conhecimento de mais uma estrela entre bilhões que cintilam no céu
deste imenso universo? Para que saber mais de outros mundos, se há mistérios
insondáveis no mundo que habitamos e no minúsculo mundo do nosso próprio ser?
Cristo, como essência da verdade,
revela mistério muito mais profundo e de efeitos práticos e proveitosos ao
homem. É o segredo, até então insondável, do próprio Deus que, sendo tão
grande, está interessado em fazer feliz essa pequenina criatura que vive neste
pequeno planeta, por apenas alguns segundos da eternidade.
Esta é, sem dúvida, uma revelação
confortadora para a insatisfeita criatura humana, tão ávida de pequenas
“verdades” que passam como bolhas de sabão na voragem do tempo. Cristo, vindo
ao mundo, revelou-lhe o segredo completo da felicidade que não se limita ao
exíguo tempo de vida que o homem leva neste mundo nem à simples dispensação da
Terra.
Ele
revela a verdade em amplitude universal e eterna. Vale a pena conhecê-la. “Todo
aquele, pois, que ouve estas minhas palavras, e as põem em prática, será
comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha”. (Mateus
7: 24). O discípulo tem uma responsabilidade: ser sábio diante dos ensinamentos
bíblicos que ostentam a tão perseguida verdade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário