domingo, 29 de julho de 2012

A verdade suprema


             Ao fazer indagações sobre as origens e destino do homem e do universo, Sócrates, o maior sábio da Grécia antiga, dizia: “Eu corro atrás da verdade como um sabujo”. Sabujo é cão altamente farejador.

            Com efeito, as grandes pesquisas de laboratório, as excursões científicas, as arrojadas aventuras para o fundo dos mares e o espaço sideral, o enorme esforço do homem em sua ânsia de conquistar o universo, tudo isto não visa outra coisa senão ao empenho incontido de pôr o gênero humano em contato com a verdade. Queremos a verdade sobre o que se encontra no fundo dos mares e no espaço sideral.

            Jamais, porém, chega o homem ao conhecimento da verdade em sua plenitude. Quanto mais conhecimento alcança, mais fica sabendo sobre a grandeza e infinitude do universo e compenetrando-se de que ele é apenas um pequenino grão de areia em face da sua magnitude.

            Entretanto, Cristo, satisfazendo a esta incontida aspiração humana, apresenta-se como a verdade no sentido mais perfeito e elevado. É ele a verdade, porque sintetizou em seu próprio ser tudo o que sobre a sua pessoa divina disseram, nas Escrituras, os profetas da antigüidade. Cristo é, em si mesmo, uma síntese da história, revelando, em sua plenitude, toda a ciência de Deus, como diz Paulo, “oculta em mistério”. É o Messias Divino, para o homem, a revelação de todo o segredo de Deus.

            Não é que o homem com Cristo esteja em condições de desvendar os mistérios do universo físico. Isto seria muito pouco e de proveito quase nulo. Afinal de contas que proveito traria ao pobre mortal o conhecimento de mais uma estrela entre bilhões que cintilam no céu deste imenso universo? Para que saber mais de outros mundos, se há mistérios insondáveis no mundo que habitamos e no minúsculo mundo do nosso próprio ser?

            Cristo, como essência da verdade, revela mistério muito mais profundo e de efeitos práticos e proveitosos ao homem. É o segredo, até então insondável, do próprio Deus que, sendo tão grande, está interessado em fazer feliz essa pequenina criatura que vive neste pequeno planeta, por apenas alguns segundos da eternidade.

            Esta é, sem dúvida, uma revelação confortadora para a insatisfeita criatura humana, tão ávida de pequenas “verdades” que passam como bolhas de sabão na voragem do tempo. Cristo, vindo ao mundo, revelou-lhe o segredo completo da felicidade que não se limita ao exíguo tempo de vida que o homem leva neste mundo nem à simples dispensação da Terra.

            Ele revela a verdade em amplitude universal e eterna. Vale a pena conhecê-la. “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras, e as põem em prática, será comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha”. (Mateus 7: 24). O discípulo tem uma responsabilidade: ser sábio diante dos ensinamentos bíblicos que ostentam a tão perseguida verdade.

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