Desde menino
ele despertou a atenção de sua cidade e vizinhança pela singularidade de seu
nascimento. Seus pais já eram avançados em idade, por isso não esperavam mais o
nascimento de um filho.
O
aparecimento de João Batista veio como produto de uma profecia angelical, sendo
revestido de aspecto sobrenatural e milagroso. Eis porque a notícia de sua
vinda ao mundo correu célere por todas as montanhas da Judéia.
O
menino crescia e se desenvolvia. Seus pais, Zacarias e Isabel, estavam sempre
na expectativa do cumprimento de uma previsão que sobre ele havia sido feita
pelo anjo: “Será grande diante do Senhor. Será cheio do Espírito Santo”.
O
menino tornou-se homem. Agora já era conhecido como João Batista, o pregador.
Mas por estranho que pareça, ao invés de procurar os grandes centros do seu
tempo - Roma, Corinto, Damasco, Jerusalém, Alexandria - ele foi pregar no
deserto da Judéia.
Ali, em
plena floresta, às margens do rio Jordão, iniciou o seu ministério de porta-voz
de Deus. Sua pregação era baseada no ensino do profeta Isaías de cuja mensagem
se dizia ser fiel cumprimento. Eis porque repetia o singular mensageiro: “Voz
do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai as suas
veredas. Todo o vale se encherá, e se abaixará todo o monte e oiteiro; e o que
é tortuoso se endireitará. E os caminhos escabrosos se aplainarão. E toda a
carne verá a salvação de Deus”.
E
depois de citar o profeta Isaías, proclamava em alta voz a sua própria
mensagem, que preconizava na fé em Deus, frutos de arrependimento e volta ao
Messias Divino, que havia de vir.
O povo,
na sua ânsia incontida pelo conhecimento da verdade eterna, dirigia-se em
grandes multidões ao deserto para ouvir a palavra do pregador. Ao anunciar a
mensagem divina, ele concitava as multidões a uma vida nova de santidade e
pureza e à esperança no Redentor prometido.
Aqueles
que ouvindo a sua mensagem sentiam o peso dos seus pecados e deles se
arrependiam, confessando-os publicamente, João os batizava no rio Jordão, como
símbolo da nova relação com Deus.
Não
demorou muito e sua fama se espalhou por toda a Palestina.
Tendo
em vista o alcance enorme de sua popularidade, muitas pessoas pensaram que
fosse o próprio João Batista, o Messias prometido, o Cristo que havia de vir
para a redenção dos homens.
Nesse
momento é que sublima a grandeza de alma e sinceridade do pregador. Ele mesmo
se encarrega de desfazer essa falsa versão, sustentando que ele mesmo não era o
Cristo. O Salvador do mundo em breve havia de aparecer. Este haveria de cumprir
um ministério completo de redenção para o mundo. Estimulava a todos que cressem
nele e o recebessem como Senhor e Salvador.
(do
livro O caminho da vida)
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