quarta-feira, 3 de abril de 2013

O HOMEM PREGAVA NO DESERTO



       Desde menino ele despertou a atenção de sua cidade e vizinhança pela singularidade de seu nascimento. Seus pais já eram avançados em idade, por isso não esperavam mais o nascimento de um filho.

        O aparecimento de João Batista veio como produto de uma profecia angelical, sendo revestido de aspecto sobrenatural e milagroso. Eis porque a notícia de sua vinda ao mundo correu célere por todas as montanhas da Judéia.

        O menino crescia e se desenvolvia. Seus pais, Zacarias e Isabel, estavam sempre na expectativa do cumprimento de uma previsão que sobre ele havia sido feita pelo anjo: “Será grande diante do Senhor. Será cheio do Espírito Santo”.

        O menino tornou-se homem. Agora já era conhecido como João Batista, o pregador. Mas por estranho que pareça, ao invés de procurar os grandes centros do seu tempo - Roma, Corinto, Damasco, Jerusalém, Alexandria - ele foi pregar no deserto da Judéia.

        Ali, em plena floresta, às margens do rio Jordão, iniciou o seu ministério de porta-voz de Deus. Sua pregação era baseada no ensino do profeta Isaías de cuja mensagem se dizia ser fiel cumprimento. Eis porque repetia o singular mensageiro: “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai as suas veredas. Todo o vale se encherá, e se abaixará todo o monte e oiteiro; e o que é tortuoso se endireitará. E os caminhos escabrosos se aplainarão. E toda a carne verá a salvação de Deus”.

        E depois de citar o profeta Isaías, proclamava em alta voz a sua própria mensagem, que preconizava na fé em Deus, frutos de arrependimento e volta ao Messias Divino, que havia de vir.

        O povo, na sua ânsia incontida pelo conhecimento da verdade eterna, dirigia-se em grandes multidões ao deserto para ouvir a palavra do pregador. Ao anunciar a mensagem divina, ele concitava as multidões a uma vida nova de santidade e pureza e à esperança no Redentor prometido.

        Aqueles que ouvindo a sua mensagem sentiam o peso dos seus pecados e deles se arrependiam, confessando-os publicamente, João os batizava no rio Jordão, como símbolo da nova relação com Deus.

        Não demorou muito e sua fama se espalhou por toda a Palestina.

        Tendo em vista o alcance enorme de sua popularidade, muitas pessoas pensaram que fosse o próprio João Batista, o Messias prometido, o Cristo que havia de vir para a redenção dos homens.

        Nesse momento é que sublima a grandeza de alma e sinceridade do pregador. Ele mesmo se encarrega de desfazer essa falsa versão, sustentando que ele mesmo não era o Cristo. O Salvador do mundo em breve havia de aparecer. Este haveria de cumprir um ministério completo de redenção para o mundo. Estimulava a todos que cressem nele e o recebessem como Senhor e Salvador.

 (do livro O caminho da vida)

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