domingo, 8 de julho de 2012

Direção segura - Caminho aplainado


O Cristão de hoje pode avistar um horizonte largo. Não tem mais de abrir picada estreita, através da densa floresta. Pelo contrário, há diante dele um caminho aberto pela experiência dos que já se foram.

            O servo de Deus desta dispensação é bem mais feliz do que o de épocas remotas. Na epístola aos Hebreus encontramos uma galeria de heróis que viveram e morreram pelos ideais que hoje desfrutamos. Todos avançaram através de experiências amargas e difíceis, tendo eles mesmos de abrir o caminho para a sua peregrinação.

            Olhando aqueles heróis para a frente, nada podiam ver. Andaram somente pela fé e não pela vista. De nada do que temos hoje, como bússola a nos nortear, eles dispunham. Tudo era incipiente, esboço, projeto apenas. As verdades divinas, tão claras hoje aos que conhecem o Evangelho pela confirmação das Escrituras, eram para eles apenas sinais inexpressivos. O edifício da redenção, tão bem construído e acabado ao ensejo do ministério de Cristo, era para aqueles bravos do Antigo Testamento apenas o começo de uma planta mal esboçada.

            Mas eles, naquelas representações imperfeitas de um cordeiro, um novilho sacrificado, um holocausto feito pelo sacerdote, puderam ver a glória da redenção futura, que em Cristo havia de ser consumada. Tudo era apenas sombra pálida e imperfeita da grande realidade que havia de se projetar no futuro. Tinha cada símbolo para eles uma viva mensagem de fé e esperança, e sob a luz dessa visão puderam marchar confiantes.

            Nós, porém, não olhamos mais para uma simples promessa, mas para uma sublime realidade. Temos no cristianismo uma obra consumada. Cristo já fez pelo homem o que para os nossos antepassados era apenas uma longínqua esperança. Diante de tudo isso, nossa fé está alicerçada, não apenas no que há de acontecer, mas no que já aconteceu. Assim, o Evangelho não é para nós o que foi para Abraão, Isaque, Jacó e tantos outros - uma promessa distante - mas uma esperança que se tornou realidade, e vai se projetando para o futuro.

            O Evangelho de Cristo é, deste modo, um caminho aplainado. Quem segue por essa luminosa estrada não tem razão para ser assaltado pela dúvida. Há uma “nuvem de testemunhas” que antes de nós já percorreu esse caminho santo, alcançando a promessa divina para a sua redenção.

            Feliz é o homem que, encontrando esse caminho aplainado, segue por ele sem hesitação alguma até o encontro com o seu destino eterno.
(do livro O caminho da vida)

sábado, 7 de julho de 2012

Davi e Saul


 
                         Nos bosques desolado, e a solidão noturna

                         Do espantalho, do horror, da morte perseguido,

                        Na caverna do abismo, horrenda e taciturna 

                        Esconde-se Davi, tremendo e espavorido 


                                   É Saul que o procura e vai de furna em furna 

                                   A buscá-lo, feroz, qual tigre enraivecido, 

                                   E o filho de Jessé, da sombra da cafurna, 

                                   Percebe vir de longe o exército aguerrido.


                        Eis que no acampamento, enquanto a tropa dorme, 

                        De manso vai Davi pela floresta enorme 

                        E vê também dormir, calma e tranqüilamente,


                                    Seu tremendo inimigo, o hebreu perseguidor, 

                                   A vida poupa então, ao vil competidor 

                                   Em vez de lhe cravar no peito a espada ardente.

 

 

 
            Escrevi este soneto em 1945. Estudava no Colégio Estadual da Bahia em Salvador. A composição retrata o conflito entre o rei Saul, já rejeitado por Deus, e o futuro rei Davi. (I Samuel 24).

 
            Nesse tempo, ainda jovem estudante, eu ajudava o ministério do missionário M.G.White, como pré-seminarista nas Igrejas Batistas Sião e Brotas, em Salvador.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Helena, mais uma bisneta

Bem vinda em nome de Deus
A nossa bisneta Helena:
alegria pra família
e vida feliz e plena.

Um peixe engoliu um homem


Antes de tudo a identidade do homem: seu nome Jonas, seu pai Amitai, sua nacionalidade hebreu.

            Um dia Deus se dirigiu a seu servo Jonas e lhe disse que fosse a Nínive levar-lhe a mensagem que o Senhor lhe havia ditado. Aí começa a história emocionante de Jonas. Ele tenta fugir da face de Deus. Ao invés de seguir para Nínive, desce a Jope, compra passagem para Tarsis, toma um navio e empreende a viagem de fuga.

            Lá está nosso Jonas, agora, no porão do navio. O barco singra tranqüilamente as águas, enquanto o fugitivo dorme a sono solto. Daí a pouco um furacão enorme em pleno mar. O vento sopra impetuoso. As vagas furiosas ameaçam quebrar o navio. Jonas continua dormindo.

            Começa o corre-corre. Toda a tripulação e viajantes estão em desespero. Alguém desce, por acaso, ao porão do navio e lá encontra Jonas em pleno dormir. O espanto é geral. Que tens dormente? De onde vens? Para onde vais?

            Depois de argüido, Jonas confessa que fugiu de Deus. Sente-se culpado da iminente tragédia e ele mesmo era o culpado do que acontecia. Rogam a Deus perdão pela violência e lançam o fugitivo às águas impetuosas.

            Dentro de poucos minutos o mar está calmo como um espelho de cristal.

            Jonas, no meio das águas, é tragado por um peixe, que o engoliu inteiro. O homem ora a Deus nas entranhas do grande monstro marinho. Termina sua prece, feita do fundo do mar e do ventre do peixe com a expressão de fé: “Do Senhor vem a salvação”.

            Deus impulsiona o peixe à praia e faz que este vomite o seu profeta fugitivo. Jonas abre os olhos de novo para o mundo e logo após ouve a voz do seu Deus mais uma vez: “Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e prega contra ela a pregação que eu te disse”.

            O profeta, renovado agora em sua experiência com Deus, obedece ao imperativo divino e vai a Nínive levando a mensagem que o Senhor lhe disse que levasse.

            Este é o resumo da história de Jonas, conforme seu livro inserido no Antigo Testamento. Séculos depois Jesus se louva neste fato histórico para trazer aos homens uma ilustração do que ele mesmo fez para a redenção da humanidade. Diz o Filho de Deus: “Como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do peixe, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra”.

            Mas Cristo ressuscitou, como Jonas vitorioso saiu do ventre do peixe e do fundo do mar.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

O casamento: pedra e corda



Mas que relação tem pedra e corda com o casamento? Veja como isso acontece.  São duas pedras levantadas sobre o mar. Uma ao lado da outra. São desiguais, sendo uma de aproximadamente 80 metros de altura, e a outra um pouco menor.

         O topo da primeira pedra é enlaçado por uma corda.  Essa corda enlaça também o topo da segunda corda. Aí é que começa o símbolo do casamento. 

         Por estranho que pareça, a corda é feita de palha de arroz. Vale a pena atentar para esse detalhe: a corda é caprichosamente tecida só de palha de arroz.

         Mas como esse material frágil e perecível pode servir de corda, e ainda mais como símbolo do matrimônio? Como admitir-se que um produto totalmente destituído de consistência e perenidade seja tomado como símbolo de uma união de vidas?

         A resposta é que essa corda não está ali por acaso.  Ela foi trabalhada com o máximo cuidado, e é renovada constantemente.  Refeita sempre, suporta as intempéries da natureza.  Assim, ao longo de muitos anos permanece debaixo do sol da chuva, e sob o impacto do vento.

         Tal cena pode ser vista na região de Futami no Japão. Há mais de 1.300 anos, com a finalidade de simbolizar a perpetuidade do matrimônio. 

         A grande lição para a vida é que a união conjugal não é sustentada por uma grossa corrente de ferro, presa por um cadeado.  Pelo contrário, os elementos que a seguram são delicados, muitos deles ocultos em mistério, e até invisíveis.

         Essa misteriosa corda é tecida ao longo  da vivência conjugal de finíssimos fios que são os ingredientes da virtude mais excelente: aquela que está acima de todos os sacrifícios e valores do universo -  o amor.

Confira I Carta de Paulo aos Coríntios, capítulo 13.

terça-feira, 3 de julho de 2012

As previsões exatas da Bíblia


             O livro mais antigo da humanidade é confirmado em todas as suas afirmações neste tempo de luz e progresso. Ainda há pouco escreveu o eminente homem de letras Reinaldo Larrosa, professor de várias universidades e um dos grandes estudiosos da filosofia e da ciência:

            “Tudo aquilo em que a história profana e a Bíblia estão em desacordo, os historiadores estão errados, não descobriram a verdade passada, a verdade é o que a Bíblia diz. Tudo aquilo em que a ciência diz uma coisa e a Bíblia diz outra, às vezes completamente oposta, a ciência está errada e quem está certa é a Bíblia. E quando a ciência se corrigir e acertar, estará necessariamente de acordo com a Bíblia”.

            Adiante diz o professor Larrosa:

            “A mesma coisa tem acontecido com a história. Todos os fatos históricos da Bíblia negados pela história têm sido comprovados como verdadeiros. Quando eu era estudante no colégio, a história negava categoricamente a existência daquelas nove nações referidas no Gênesis: os heteus, os amorreus, os jebuseus, os quereseus, os retains, os cananeus, os girgaseus, os cadmoneus e os fereseus. Dizia a história que esses povos nunca haviam existido, que isto era imaginação bíblica. Mais tarde quando era professor no colégio, os arqueólogos desenterraram a civilização dos próprios babilônicos. E tive de acrescentar mais um capítulo ao curso: a história dos heteus. Quem acertou mais uma vez foi a Bíblia e não a história que a pretendia contradizer. Como este, poderia citar centenas de fatos”.

            Digam o que quiserem os homens, as afirmações da Bíblia têm sido comprovadas pela ciência e pela história. Este é o livro que tem sido provado pelos séculos, sendo aprovado em todos os seus pormenores.

            Além disso, a Bíblia faz a previsão da história. Aquilo que ela disse que havia de acontecer tem sido constatado com a mais precisa pontualidade. Os séculos e milênios têm confirmado em sucessivos acontecimentos as afirmações das Escrituras. Profetas do passado fizeram afirmações sobre a vida do povo hebreu e nações relacionadas com a vida do povo hebreu que pareciam irrealizáveis. Para surpresa e admiração de muitos, tais previsões têm sido cumpridas com fidelidade.

            Se a Bíblia fala a verdade em relação à ciência e à história, é de crer-se também que fale a verdade com relação aos preceitos estabelecidos para o homem. Se merecem fé suas afirmações com referência a fatos da vida de pessoas da história dos povos e das ciências, devem merecer também a consideração dos homens os conselhos e preceitos com referência aos aspectos religiosos da vida.

            Esse é o motivo por que o apóstolo Pedro escreveu em sua segunda epístola 1:19: “E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça e a estrela da alva apareça em vossos corações.


segunda-feira, 2 de julho de 2012

Favela zero

Parabéns a Lula e Dilma
pela meta fome zero.
Haja esforço gigantesco
pra alcançar favela zero. 

domingo, 1 de julho de 2012

Olhos em Deus

A perfeição não existe,
mas alcançá-la almejamos.
Centrando os olhos em Deus,
dela nos aproximamos.

Leva a vida no presente:
terra, luz, prosperidade.
Olhos fitos no além
- suprema felicidade. 

Plano de Deus para a vida humana 2

          Descobrimos ainda no texto bíblico esta importante verdade: Jesus sendo morto pelos nossos pecados, não ficou preso aos grilhões da morte.  Era preciso que Ele se levantasse vitorioso da fria sepultura.  Este é o motivo porque nos informam as Escrituras que ao terceiro dia depois da sua morte, fora Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e outras pessoas ao sepulcro e lá receberam de um mensageiro celeste esta auspiciosa notícia: "Ele não está aqui, ressuscitou".
        Tudo isto aconteceu como um plano de Deus para a felicidade humana.  Levantando-se Cristo da morte, nos garante pela sua vitória a nossa própria vitória.  Tal não aconteceria se Ele fosse para sempre vencido pelo poder da morte.  Interpretando ainda o alto sentido da sua sobrevivência depois da morte, diz o apóstolo São Paulo: "Mas agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem.  Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem".
        Eis porque pode o homem, confiante nos méritos do Divino Salvador, cantar com o mesmo apóstolo este hino de triunfo: "Graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo".

(artigo publicado no boletim da Igreja Batista de Mairiporã)

sábado, 30 de junho de 2012

Plano de Deus para a vida humana 1

           No Evangelho de Lucas encontramos estas palavras de Jesus Cristo: "Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua Glória? E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras".
           Estas palavras disse o Divino Salvador logo após a sua ressurreição.  Nelas podemos ver grandes ensinamentos para a vida cristã.  Um deles é que tudo a respeito do Filho de Deus estava escrito. Com efeito, os profetas da mais remota antiguidade vaticinaram detalhadamente sobre aquele que, em tempo oportuno devia vir ao mundo como Redentor da criatura humana.
              De fato, o ministério de Jesus não foi acontecimento que se planejasse de um dia para outro, ou que se resolvesse realizar de improviso.  Tudo sobre sua vida estava registrado, vindo o Filho de Deus para cumprir com exatidão as previsões divinas.
              Outra grande verdade que aqui descobrimos é a conveniência do padecimento, morte e ressurreição do bendito Salvador dos homens.  E essa conveniência se explica na base das necessidades humanas.  Para Jesus mesmo não haveria necessidade de tal padecimento.  Sendo Ele o Senhor da vida, em seu próprio benefício não precisaria submeter-se à ignomínimia da morte.
             Foi o amor pelo homem perdido o fator determinante do sacrifício do Verbo de Deus.  Eis o que afirmou mais tarde o apóstolo São Paulo: "Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5: 8).
continua...

Aposentadoria

O idoso aposentado
vai sempre diminuindo
e, por isso o seu provento
vai cada ano sumindo. 

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Desigualdade social

Gigantismo de salário,
só pra quem está no comando.
Aumenta o próprio salário,
deixa a plebe lambiscando. 

Salários extras sem fim,
só para os mandatários,
mas o povo, cá embaixo,
no máximo, treze salários.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Formigueiro humano?

Favela - qual formigueiro,
não tem nada de humano.
Já vi favela de perto
e dela não me ufano.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Brado retumbante

Tire da Pátria a favela
num brado: Progresso, avante!
Faça do país colosso,
agora, também gigante.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Desfavelar é lucro

O desfavelar é lucro
pois traz progresso e união,
e o próprio favelado
paga a sua habitação.

Na medida em que a favela,
com seus tentáculos avança,
mais despesas pro Tesouro
no setor de segurança.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Pra que?

Favela! Pra que favela?
Povo sofrido e carente.
Esse colosso gigante
comporta toda essa gente.

O Brasil clama, solícito
por novas comunidades
Eis aí um desafio
- Ministério das Cidades. 

domingo, 24 de junho de 2012

Favela e criança

O mal da vida em favela
não é só para o presente.
Criança que ali habita
traz os resquícios na mente. 

Conhecer a favela

Pra se conhecer favela,
não precisa lá entrar.
Basta ter alma sensível
- o invisível penetrar.

Falo do que bem conheço.
Já entrei numa favela.
Não há papel e nem tinta
que possa bem descrevê-la.

sábado, 23 de junho de 2012

Rio + 20 - Avante Brasil!

Avante, Pátria querida.
país forte e varonil!
Tira as favelas dos morros
- ocupa a Terra, Brasil. 

Água pela força humana

Morar no centro do Rio
visão de Copacabana,
mas como moro no alto
- água pela força humana.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Rio + 20 - Perfeição

Perfeição na luz e cores,
na vida, fraternidade;
Casais vivendo felizes
sob o signo da bondade

Não mais favela na vida;
faça-se dela cidade,
Povoe-se o Brasil imenso
que clama - prosperidade!

Sem divórcio e sem cadeia
e um mundo sem prisão:
Ausência desses dois males
- já perto da perfeição

Longe vícios degradantes
e ninguém para prender.
Não mais criança sofrida
- começa a luz a esplender.

Mil presídios transformados
em centros de convivência.
Justiça, paz e harmonia
- eis o fim da violência.

Fóruns e prisões fechados
e forças do mal vencidas.
Brilha o sol do entendimento
- todas gentes unidas.

Pela força imponderável
da mensagem de Jesus.
Vida perfeita em família
- eis um mundo em plena luz.

Almejo um mundo elevado
à plena luz da razão,
Sem assaltos nem sequestros,
- vivência da perfeição.

(publicado no boletim da Igreja Batista de Mairiporã, SP)

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Rio + 20 - "Pacificar"

Pra "pacificar" favelas
várias forças conjugadas:
Estado, Marinha, Exército...
- mas elas sempre indomadas!

Rio de Janeiro

Cartão postal do Brasil.
Cidade Maravilhosa;
no morro vida sem brilho,
em baixo, vida charmosa.

Morar no Rio de Janeiro,
beleza que bem mereço,
mas morando nas alturas,
difícil é meu endereço. 

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Rio + 20 - Sem lei

Já pensou, trezentos mil
bem juntos sem lei urbana?
Não recomenda o Brasil
- isso não é vida humana. 

A gula

Para a estética ou beleza
não esqueça o pula pula.
No comer, medida certa,
contra o domínio da gula. 

terça-feira, 19 de junho de 2012

Rio + 20 - questão: moradia

Degradação da montanha
vai crescendo sem medida;
é coisa do nosso tempo,
não é só coisa da vida.

Mais acolá, numa gleba:
Córrego - morada de gente.
É visão que fere à vista
e toca a alma da gente. 

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Reserva ecológica

Linda reserva ecológica
em favela transformada;
não mais as flores do campo,
mas só gente acumulada. 

Contemplo o monte à distância,
vejo um mundo acumulado.
Imagino lá em baixo
- certamente há algo errado. 

domingo, 17 de junho de 2012

Convívio entre amigos

O sabor do cafezinho
não é só o cafezinho
É o jeito do convívio
com o amigo e vizinho

A carne não importa tanto
no churrasco entre amigos.
Importante é a vivência
entre novos e antigos. 

sábado, 16 de junho de 2012

Barraco

No morro mais adiante,
barraco sobre barraco,
tudo serve pra cobrir,
até caixote e cavaco.

Naquela verde montanha,
favela a crescer, subir.
Vale ter olhos pra ver
e alma para sentir. 

sexta-feira, 15 de junho de 2012

CRISTO - NOSSO SUBSTITUTO

      Foi no tempo do Império Romano.  Um jovem foi processado e condenado sob a acusação de lesa-pátria. O juiz acabara de pronunciar a sentença de morte e os executores preparavam-se para dar cumprimento a determinação superior.
      Achava-se na sala do tribunal um irmão mais velho do réu, o qual, em muitas e penosas batalhas havia servido sua pátria em países longínquos. Nas grandes lutas o bravo moço havia perdido ambos os braços, intercedeu eloquentemente a favor do réu.  Em sua intercessão não procurou diminuir ou atenuar a enormidade do crime do seu irmão, mas apresentou seus próprios braços mutilados como o merecimento que o credenciava a fazer aquele pedido.
     Confessou fracamente que seu irmão era um indigno, que era traidor e merecia morrer, mas em nome do que ele próprio havia feito pela pátria, implorava que se poupasse a sua vida.
      Atentando para o sacrifício feito por aquele jovem, e ouvindo a sua palavra, o juiz se deu por satisfeito e, em atenção a tão altos e sublimes feitos, concedeu pleno perdão ao réu que já havia sido condenado
         Esta é a credencial que Jesus apresenta para a redenção do homem perdido e condenado.  Ele mesmo morreu por nós.  Esta é a prova da sua misericórdia e bondade.  A salvação e felicidade eterna do homem pecador dependem do sacrifício expiatório realizado pelo Filho de Deus.
       Estava determinado desde tempo remotíssimos que assim devia ser.  A morte do Messias Divino devia ser o fator da nossa redenção. Eis porque escreveu muito antes da sua vinda o profeta Isaías: "Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.  Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades;  o castigo que nos traz a paz estava sobre ele e pelas suas pisaduras fomos sarados" (53:4)
        Pode alguém objetar como injusta a atitude de Deus em permitir que seu Filho tomasse o nosso lugar.  A resposta é que ele o fez voluntariamente.  Vindo ao mundo, para a morte na cruz, marchou resolutamente, na plena consciência do sacrifício que havia de experimentar e da árdua missão para a qual estava cometido a desempenhar, embora houvesse todas as possibilidades de dela fugir.
          Outra objeção seria que um homem sozinho não poderia levar as transgressões de número sem conta de pecadores.  A isso considere-se que a ação substitutiva de Cristo não foi apenas de um homem como indivíduo.  Ele, sendo Deus e homem ao mesmo tempo, não agiu apenas como uma pessoa.  Nele estava a raça humana, visto que "todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez"(João 1:3).  Como nele estava a humanidade na criação, estava também na possibilidade de tornar-se o seu substituto, conforme a sua vontade.

(publicado no folheto dominical da Primeira Igreja Batista de Mairiporã, SP)


quinta-feira, 14 de junho de 2012

Rio + 20

Pra toda vil condição
há sempre boa desculpa,
assim foi nosso passado:
traz escravo, vende escravo.
Gente vendida na feira,
no balcão da iniquidade
como fruta no mercado.

Os séculos viram, pasmados,
essa vil anomalia:
na força da impiedade
esmaga-se o ser humano.
Tire-se o horror desse tempo,
seja de vez sepultado. 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

RIO + 20

Quem mais degrada o planeta
é, sem dúvida, o fator gente.
Tire a favela da vida
em favor do ambiente.

Favela não só degrada:
é um mundo degradado.
Passou perto da favela,
sofre assalto organizado.

Dentre tudo o que degrada,
é a favela gritante.
Pense nisso a Rio + 20,
nesse fator degradante.

É a favela vivência
da qual ninguém se ufana
- assunto pra Rio + 20,
tal condição desumana.

Hoje, na vida presente,
a vontade me revela:
no ano 2020
Lá da eterna morada
ver o Brasil sem favela.



Um homem lutou com Deus


            Por estranho que pareça, encontramos na Bíblia esta declaração: “Como príncipe, lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste” (Gênesis 32: 28). A referência é ao patriarca Jacó, depois de intensa luta para receber de Deus uma bênção em momento de perigo.

            Jacó, depois de longos anos, ia encontrar-se de novo com o seu irmão Esaú, a quem ele muito temia pelos males que lhe havia causado. Agora estava dominado pelo pavor e remorso. Sabia que o irmão vinha ao seu encontro com quatrocentos homens. O temor o dominava. Presumia que seu irmão ainda estivesse possuído de ódio, como estava quando foi por ele prejudicado em seus interesses.

            Temendo assim Jacó a morte, bem como a de toda a sua família, enviou ao mano desafeto, para aplacar a sua ira, um generoso presente de cabras, ovelhas, vacas, camelos e jumentos, num total de 580 semoventes. Mas, não confiando apenas em suas gestões diplomáticas, tratou de buscar também a proteção de Deus. Ficou, portanto, sozinho no vale de Jaboque e orou durante toda a noite.

            É aí que se dá o seu encontro com o Anjo do Senhor. Trava-se uma batalha. Jacó implora do Senhor uma bênção, a fim de que, tranquilo, pudesse prosseguir em sua jornada. Pede, suplica, roga e chega mesmo a angustiar-se em sua profunda oração.

            O Anjo do Senhor tenta deixá-lo, mas o patriarca a ele se apega, num esforço desesperado, até que de Deus recebe a bênção desejada. É nesse momento que o nome de Jacó é mudado para Israel, porque, diz o texto sagrado, o servo do Senhor lutou com Deus e foi vitorioso.

            Entendem os estudiosos da Bíblia que naquele Anjo de Deus estava Jesus Cristo em sua preencarnação. É uma das vezes em que o Filho de Deus aparece no Velho Testamento. E aquele foi também um momento decisivo na vida do patriarca Jacó, quando se consolidou a sua confiança em Deus.

            Isso foi marcante em sua vida porque ele, num momento de grande angústia, não confiou apenas nos seus expedientes, mas buscou, como recurso final, a força de Deus e sua proteção. Exemplos semelhantes encontramos em todas as Escrituras e na experiência humana. Confirma-se, deste modo, a afirmação do Livro Santo: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na tribulação” (Salmo 46:1).

            Vale a pena ler-se na Bíblia a grande vitória alcançada por Jacó, fruto de sua confiança em Deus e os grandes favores que recebeu dos céus na continuação de sua jornada. Deus o conduziu à presença do seu irmão que antes, cheio de ódio, prometera vingança de morte. O encontro foi feliz e pacífico, e aqueles dois irmãos desafetos passaram a viver de novo em perfeita harmonia.

            O Deus de Jacó é o mesmo Deus do presente. O Deus de Jacó é o nosso refúgio.

 (do livro O caminho da vida)

terça-feira, 12 de junho de 2012

Reserva ecológica

Linda reserva ecológica
em favela transformada,
não mais as flores do campo,
mas só gente acumulada.

Dia dos Namorados - Amor apressado

Quando os valores sublimes
São vividos dia-a-dia,
A vida vai sempre calma,
Em perenal harmonia.

Mas ante o amor apressado,
Toda a estrutura se abala,
Planos e ideais frustrados,
Faculdade - nem se fala.

Medicina ou magistério,
Nesse contexto sonhado,
Na turbulência vivida,
Pode não ser alcançado.

O amor em tempo certo
É qual perfume de flor.
Fora de tempo, no entando,
Perde o sentido do amor.

Não quebre o botão de rosa
Antes que ele seja flor.
Não traga ao mundo um rebendo
Para ser um sofredor.

Criança sem pai ou mãe
Pode virar cão sem dono,
E alma infantil amarga
Por desprezo e abandono

Não seja a menina-moça
Mamãezinha sem marido,
Nem o jovem pai precoce
Em um mundo já sofrido. 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

UM POEMA NA BÍBLIA



        Há nas Escrituras Sagradas um poema de rara beleza. É o salmo de número 119. É uma grande proclamação do valor incomparável da Palavra de Deus. Existe nele, a par da sublimidade de estilo, uma simetria perfeita. O salmo é composto em forma de acróstico, com todas as letras do alfabeto hebraico. Contém 22 estrofes, cada qual encabeçada por uma das letras daquele alfabeto antigo. Cada estrofe contém oito versos, e cada um desses versos começa, no original, com a letra que lhe serve de título. Cada versículo, em português, faz referência à Lei de Deus, apresentando um vocabulário variado.

        É notável o fato de se usarem tantas palavras como sinônimo de lei. Há diversos termos que se revezam, dando ao salmo uma beleza singular. São eles: lei, palavra, dito, mandamento, estatutos, ordenanças, preceitos, testemunho, juízo, caminho e promessa.

        Cada versículo do salmo apresenta, de modo eloquente, os efeitos preciosos das Escrituras na formação espiritual dos homens. O salmista considera a mensagem divina “luz para o seu caminho”. A certa altura do grande poema faz ele essa indagação: “Como purificará o jovem o seu caminho?” E ele mesmo responde: “Observando-o de acordo com a tua palavra”.

        Esta é, sem dúvida, uma necessidade em nosso tempo. A corrupção no presente se desenvolve na proporção da ausência de Deus no coração dos homens e desprezo pela sua Palavra. Há, entretanto, um recurso que, embora tardio, será a tábua de salvação para a criatura humana: retorno a Deus, conforme a instrução do seu livro.

        A Bíblia sempre foi uma luz dissipadora das trevas. Basta que alguém examine com atenção o Livro Divino, e terá um clarão luminoso para a sua vida no tempo e na eternidade. A Palavra de Deus revela o estado espiritual do homem sem Deus, e mostra, ao mesmo tempo, o recurso para a sua restauração. Este é o livro-poema que ameniza a sequidão do deserto em que vivemos e aponta o caminho da eternidade feliz.

(do livro O caminho da vida)

domingo, 10 de junho de 2012

Dia do Pastor


Mensagem de Atos 20: 24
"Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus."

Defesa do meio ambiente

Favela e meio ambiente
é total contradição.
O meio ambiente é vida
- favela degradação.

Mensagem da cruz

Dois alvos em nossa vida:
Primeiro é Deus soberano
e tudo o mais se completa
no trato com o ser humano. 

sábado, 9 de junho de 2012

As previsões exatas da Bíblia




         O livro mais antigo da humanidade é confirmado em todas as suas afirmações neste tempo de luz e progresso. Ainda há pouco escreveu o eminente homem de letras Reinaldo Larrosa, professor de várias universidades e um dos grandes estudiosos da filosofia e da ciência:

        “Tudo aquilo em que a história profana e a Bíblia estão em desacordo, os historiadores estão errados, não descobriram a verdade passada, a verdade é o que a Bíblia diz. Tudo aquilo em que a ciência diz uma coisa e a Bíblia diz outra, às vezes completamente oposta, a ciência está errada e quem está certa é a Bíblia. E quando a ciência se corrigir e acertar, estará necessariamente de acordo com a Bíblia”.

        Adiante diz o professor Larrosa:

        “A mesma coisa tem acontecido com a história. Todos os fatos históricos da Bíblia negados pela história têm sido comprovados como verdadeiros. Quando eu era estudante no colégio, a história negava categoricamente a existência daquelas nove nações referidas no Gênesis: os heteus, os amorreus, os jebuseus, os quereseus, os retains, os cananeus, os girgaseus, os cadmoneus e os fereseus. Dizia a história que esses povos nunca haviam existido, que isto era imaginação bíblica. Mais tarde quando era professor no colégio, os arqueólogos desenterraram a civilização dos próprios babilônicos. E tive de acrescentar mais um capítulo ao curso: a história dos heteus. Quem acertou mais uma vez foi a Bíblia e não a história que a pretendia contradizer. Como este, poderia citar centenas de fatos”.

        Digam o que quiserem os homens, as afirmações da Bíblia têm sido comprovadas pela ciência e pela história. Este é o livro que tem sido provado pelos séculos, sendo aprovado em todos os seus pormenores.

        Além disso, a Bíblia faz a previsão da história. Aquilo que ela disse que havia de acontecer tem sido constatado com a mais precisa pontualidade. Os séculos e milênios têm confirmado em sucessivos acontecimentos as afirmações das Escrituras. Profetas do passado fizeram afirmações sobre a vida do povo hebreu e nações relacionadas com a vida do povo hebreu que pareciam irrealizáveis. Para surpresa e admiração de muitos, tais previsões têm sido cumpridas com fidelidade.

        Se a Bíblia fala a verdade em relação à ciência e à história, é de crer-se também que fale a verdade com relação aos preceitos estabelecidos para o homem. Se merecem fé suas afirmações com referência a fatos da vida de pessoas da história dos povos e das ciências, devem merecer também a consideração dos homens os conselhos e preceitos com referência aos aspectos religiosos da vida.

        Esse é o motivo por que o apóstolo Pedro escreveu em sua segunda epístola 1:19: “E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça e a estrela da alva apareça em vossos corações.



(do livro O caminho da vida)

Projeto político II

A ação contra a favela
implica cálculos e planos:
trabalho, perseverança,
esforço pra muitos anos. 

Projeto político

Apareça um presidente
que determine: "não quero".
Esse será bom começo
pra alcançar favela zero. 

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Resgate

Campanha contra a favela
- defesa do favelado.
Para o favelado tudo.
a fim de ser resgatado. 

Biscate

Favelado com biscastes
não produz para o país;
trabalha qual condenado
e amarga sempre infeliz. 

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Qual a missão de Jesus?


De várias maneiras Jesus definiu sua missão no mundo. Ele se apresenta como o pão que mata a fome, a água da vida, a porta do céu, o caminho, a verdade, a ressurreição e a vida.  Jesus é o bom pastor, o que vai à frente abrindo o caminho, ele conhece os atalhos e conduz as ovelhas com ciência e com inteligência (Jeremias 3: 15). 

        Considerando a profundidade e o elevado sentido da sua auto-apresentação, bem podemos repetir o que disseram os servidores do Império Romano que, indo prendê-lo, voltaram embevecidos com a Sua palavra: “Nunca homem algum falou como esse homem” (João 7:46).

        E Jesus se apresenta ao mundo sob essa figura sacrificial e amiga do pastor.  O pastor é companheiro das ovelhas, conhece-as pelo seu nome e estas conhecem a sua voz (João 10: 4 e 27). Seu trabalho, com efeito, foi humilde como o do profissional que cuidava das ovelhas, sendo o desvelo, carinho e desprendimento de um pastor da Palestina apenas uma pálida imagem do que fez o Divino Redentor pelas criaturas humanas.
(trecho do livro O caminho da vida). 

Favorecido

Borboleta sai do pântano
para o jardim colorido.
Favelado sai da lama
para ser favorecido. 

Culpado?

Não se culpa o favelado
pela social mazela.
É como se fosse o escravo
que habitava a senzala.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A trombeta de Deus


Um dia dentro da História                       

A trombeta há de soar

E nosso corpo mortal

O Deus eterno encontrar.


O pó volta para a terra

De onde dantes procedeu.

E para Deus vai a alma.

Como o Senhor prometeu.

Convém que esse corpo frágil

Tenha na terra um lugar.

Até se encontrar com Cristo

Para em glória o transformar.


Creia em Deus o nosso povo,

Tenha nele segurança.

É Deus o Senhor da Vida,

É Cristo nossa esperança.

Projeto Social

Favela, não mais favela,
extinga essa anomalia;
transforme a favela em vida.
Brasil - "sexta economia".

A favela - esconderijo

A favela - esconderijo
para o crime organizado:
insegurança e distúrbio
e a vítima - o favelado. 

terça-feira, 5 de junho de 2012

Navio Negreiro II

Trazido da África o africano
depois do "navio negreiro",
na feira livre vendido
- daí para o cativeiro. 

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Favelado não é mau;
é campo para o bandido.
Com promessas de vantagens,
ele passa a ser vendido.

Pacificar a favela

Pacificar a favela:
isso nunca aconteceu.
O explorador da favela
no outro lado rompeu.

domingo, 3 de junho de 2012

O homem tem sede de Deus


Há nas Escrituras o livro de Salmos, cujo conteúdo é quase todo de louvor a Deus. Nele aparecem preceitos e ensinamentos de alta significação, que culminam com uma palavra de exaltação ao Todo-Poderoso.   O ser humano anseia por beleza, por comunicação, por associação com os seus semelhantes e por espiritualidade, sobretudo o homem não se satisfaz com a parte, quer o Todo.  Tem sede de Deus. 

            O reconhecimento de Deus como Criador e Senhor foi a finalidade para a qual o homem foi feito. Depois de criadas todas as coisas e todos os demais seres viventes, quis Deus criar alguém que o entendesse na sua grandeza e majestade. Por isso disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança”.

            É claro, portanto, que o ser criado por Deus tem obrigação de reconhecê-lo e adorá-lo. O livro dos Salmos é quase todo de louvores, havendo ainda nas Escrituras várias outras porções que apresentam cânticos, poesias e hinos nos quais os seus autores engrandecem a Deus pelos seus atos maravilhosos.

            Aliás, toda a natureza é convidada a prestar adoração ao Senhor dos senhores. Veja, por exemplo, o leitor esses trechos do Salmo 48: “Louvai ao Senhor..., Louvai-o sol e lua; louvai-o todas as estrelas luzentes. Louvai-o, céus dos céus e as águas que estão sobre os céus. Louvai ao Senhor desde a terra: vós, baleias e todos os abismos; fogo e saraiva, neve e vapores, o vento tempestuoso que executa a sua palavra; montes e todos os outeiros, árvores frutíferas e todos os cedros; e as feras e todos os gados, répteis e aves voadoras”.

            A natureza é louvor e exaltação ao Criador.    Se a natureza bruta é convidada a prestar exaltação ao seu Criador, muito mais o homem, feito pelas mãos do Eterno, à sua imagem, conforme à sua semelhança. E Deus pôs na contextura espiritual do homem a inclinação religiosa. Alguém já o definiu com alguma razão como “um animal religioso”. O sentido do viver está no louvor a Deus. Os céus cantam a glória do Criador (Salmo 8).  Ao homem cabe juntar-se ao canto da criação inteira e celebrar o Pai.

            Certa feita um homem que professava o ateísmo achou por bem criar seu filho em ambiente onde não se falasse em religião, não se adorasse a Deus e nada se cogitasse sobre o assunto. Levou então o menor para uma ilha deserta e começou a instruí-lo em sua escola de ateísmo. O menino foi crescendo naquele ambiente em que Deus era de todo desconhecido.

            Uma tardinha, ante um lindo pôr-de-sol, o ateu foi encontrar o seu filho completamente absorto na contemplação da cena que se vislumbrava, ao esconder-se o sol entre as nuvens. Sem ver o pai, o menino lançava um beijo ao astro-rei, dizendo:

            - Sol, leva este beijo para quem te criou.

            Este fato bem revela a inclinação humana para a adoração. Este sentimento é inato e nos foi outorgado por Deus para que não nos confundamos com os brutos. Um dos maiores erros do homem é apegar-se de tal maneira aos interesses rasteiros das coisas materiais que venha a esquecer-se do seu Deus, deixando de prestar-lhe o devido reconhecimento. No mundo globalizado de hoje prolifera a idéia do consumismo no qual fica minimizada a solidariedade e crescem a solidão e a violência num processo acelerado de desmoronamento do ser humano.  O homem só é feliz quando descobre que não é só corpo, mas nele habita um espírito que busca o encontro com o seu Criador. O homem tem sede de Deus. 
(do livro O caminho da vida).

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Castro Alves

Castro Alves nunca viu
do "Navio Negreiro" o horror,
mas sua alma vislumbrou
daquele escombro o clamor. 

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Vivência IV

No contexto desta vida
é bem melhor a brandura.
Confronto é martelo frágil
que não quebra a pedra dura.

Vivência III

No dia a dia da vida
não convém a teima dura.
O teimoso se reveste
de couraça e armadura. 

Vivência III

Não creias tudo o que ouves
no viver de cada dia.
Muita coisa deixa ao vento
com calma e sabedoria. 

Divórcio VI

Divórcio - remédio amargo.
Vida a dois é preferida.
Não faças do troca troca
o teu estilo de vida.

Vivência II

No contexto da vivência
nem em tudo se acredita
nem passa à frente boatos
- assim intriga se evita. 

Palavra VII

Palavra - arma de fogo
que atira e pode matar,
e também doce ternura
para a alma confortar. 

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Palavra VI

Palavra - noite trevosa
que traduz fel e amargura,
e também fonte de luz
com doce e terna brandura. 

Palavra V

Palavra - música suave,
se envolvida de amor
- e tempestade e tufão,
se traz o tom de rancor.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Interpretação

O micro organismo vê
na formiga, algo gigante.
A formiga - no ratinho,
algo como um elefante. 

Fazendo o bem

O mar é feito de gotas
e de muitos fios, o pano.
As ações de nossa vida
fazem a vida do oceano.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Criança

Criança entregue a si mesma
é folha levada ao vento,
no imenso mar da vida
- barco sem leme ao relento. 

Otimismo II

O fiel enfrenta a morte
em seguimento da vida.
Quanto mais perto da morte,
tanto mais perto da vida.

Otimismo

O otimista, feliz,
nem nas trevas se assombra;
o derrotista, ao contrário,
vê no sol ponto de sombra.

domingo, 27 de maio de 2012

Família

É relevante o valor
que do Alto procedeu:
Pai, mãe, irmãos - família
- a bênção que Deus lhe deu.

Palavra IV

Palavra na hora certa
é qual divina fagulha,
no conjunto, um lampadário
- a vida toda patrulha. 

União conjugal

Você se casa com o encanto,
a beleza e a aparência;
mas depois, no dia a dia,
o que vale é a vivência.